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postada em 20/05/2017

Movimentos Sociais no Construindo o Futuro de Santa Maria

“Santa Maria é uma cidade marcada por um movimento social gerado por um fato que abalou o mundo.” Assim, o sociólogo da Fundação Ulysses Guimarães Paulo Baía exemplificou o tema “Movimentos Sociais”, foco de seu bate-papo com os acadêmicos da Ulbra Santa Maria na noite desta sexta-feira,19, lembrando a tragédia da boate Kiss ocorrida em janeiro de 2013. Naquela ocasião, um incêndio no estabelecimento vitimou mais de 200 pessoas.

O assunto, apresentado no miniauditório, serviu para Baía definir que os movimentos sociais se dividem em permanentes, ocasionais ou sazonais. Todos, porém, explicou o professor, partem de um conflito. “Não há democracia sem solução negociada para um conflito que não pode ser negado”, esclareceu lembrando que o movimento social da cidade, do tipo permanente, atingiu o mundo todo. 

De acordo com o sociólogo, vivemos, atualmente, a mobilização das redes virtuais pessoais que se transforma em manifestação na esfera pública. “A sociedade contemporânea ganha características de individualismo público, onde descartam-se pessoas e coisas”, concluiu. Baía diz ainda que a mobilização também pode ter motivação contrária a uma proposta, e pode ter base na intolerância. “Isso ocorre quando não conseguimos reconhecer o outro como indivíduo único e o vemos como espelho, ou seja, não temos alteridade”, observou.

Após a explanação,  se iniciou a sessão de perguntas dos estudantes mediada pelo Pastor- professor Herivelto Mariani.